A rotina de trabalho para qualquer profissão pode ser exaustiva. Ligações, papelada, clientes, contas, computador, enfim, tudo pode parecer muito caótico. O problema é que, quando o trabalho em excesso se torna constante, pode causar uma doença conhecida como síndrome de Burnout.
Sabe aquele dia que só surgem mais e mais demandas? E quanto mais tempo você trabalha, mais coisas aparecem?
Pois é, quem desenvolve a Burnout vive esse dia todos os dias e acaba sendo sobrecarregado.
Como qualquer outra situação relacionada a saúde, a Burnout pode causar sintomas em todas as áreas da vida, é um esgotamento físico, mental e emocional. E, a propósito, esta doença é cada vez mais comum.
Dados da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), por exemplo, mostram que aproximadamente 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com a síndrome.
Muita gente, né? Por isso, é importante que o RH fique atento aos sinais para agir o mais rápido possível.
Quando o estresse, as dores musculares, o isolamento e outros sintomas se tornam constantes, acenda o alerta vermelho!
Para ajudar, preparamos este conteúdo explicando melhor quais são, como prevenir e curar os sintomas da Burnout. Vamos lá!
Neste artigo você encontra
O que é a síndrome de Burnout?
Também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, a Síndrome de Burnout foi classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como doença ocupacional em 2022.
Isso significa que os sintomas causados pelo trabalho em excesso podem – e devem – ser tratados como outras doenças e acidentes originados do trabalho.
Sendo assim, o funcionário tem todos os direitos trabalhistas e previdenciários garantidos após o diagnóstico de Burnout.
Ao ser diagnosticado com a doença, o funcionário precisa se afastar do trabalho e a empresa é quem fica responsável por continuar pagando o salário de forma integral – durante 15 dias. Depois desse período, é preciso seguir as regras do INSS.
- Após 15 dias, a pessoa recebe o Auxílio Doença, no valor de 1 salário mínimo.
Já vamos falar sobre os sintomas, mas, antes, é preciso lembrar que o diagnóstico oficial de qualquer problema de saúde deve sempre ser feito por um profissional especialista – nesse caso, psicólogo, neuropsicólogo e/ou psiquiatra.
Sintomas da Burnout: como perceber, tratar e prevenir
Bom, entender quais são os principais sintomas é o primeiro passo para prevenção e cura.
Depois, é necessário se manter sempre atento e deixar um canal de comunicação aberto com todos da empresa.
Se você identificar alguns desses sintomas em um colega de trabalho, converse com ele e indique uma consulta no psiquiatra e/ou psicólogo.
Apenas esses profissionais podem definir se um sintoma é realmente Burnout.
Ok, vamos descobrir quais os 16 sintomas principais da síndrome de Burnout – segundo o Ministério da Saúde:
1) Dificuldade de concentração;
2) Isolamento;
3) Dor de cabeça frequente;
4) Alterações no apetite;
5) Negatividade constante;
6) Alterações repentinas de humor;
7) Sentimento de fracasso e insegurança;
8) Sentimento de incompetência;
9) Dores musculares;
10) Fadiga;
11) Cansaço físico e mental excessivo;
12) Insônia;
13) Sentimentos de derrota e desesperança;
14) Pressão alta;
15) Problemas gastrointestinais.
16) Alteração nos batimentos cardíacos.
Reforçando: Mesmo que todos os sintomas se manifestem, não faça o autodiagnóstico e nem dê o diagnóstico para outra pessoa. Procure a ajuda de um profissional, que poderá indicar o melhor tratamento.
E qual é o tratamento para a síndrome de Burnout?
Nos casos mais leves, a psicoterapia é suficiente para tratar e curar a Burnout.
Aliados a atividades físicas e um período de férias, a síndrome dura apenas alguns meses.
Casos em que o doente não segue o tratamento corretamente pode levar ao agravamento – causando depressão, por exemplo. Por isso, é fundamental tratar a síndrome desde o início.
Como evitar um Burnout?
Grande parte da responsabilidade para evitar a síndrome de Burnout está nas mãos da empresa. Criar um ambiente saudável, com metas atingíveis, menos estresse e pressão é essencial.
Para os gestores e o RH, também vale fazer campanhas de conscientização sobre a saúde mental como um todo, abrir espaço para receber feedbacks individuais e coletivos e sempre ouvir o que os colegas têm a dizer.
Há, ainda, algumas coisas que os próprios funcionários conseguem fazer para tornar o dia a dia mais saudável. Olha só as nossas dicas:
- Atividades de lazer com amigos e família – como ir ao cinema ou passear em parques;
- Sair da rotina durante a semana – como almoçar em lugares novos, tomar um café da manhã diferente ou passear com o cachorro;
- Conversar sobre seus sentimentos com pessoas de confiança;
- Fazer qualquer atividade física regularmente – andar de bicicleta, caminhar, correr, nadar, jogar futebol, as opções são infinitas. 😉
Importância da saúde mental no trabalho
O Relatório Mundial da Saúde Mental da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado em junho de 2022, mostrou que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido à depressão e à ansiedade – incluindo ausências, baixa produtividade e desligamentos.
De fato, cuidar da saúde mental no trabalho pode impactar positivamente a vida pessoal de cada um dos seus funcionários, mas também ajuda a parte econômica da empresa.
Veja só: um funcionário com síndrome de Burnout diagnosticada precisa pegar 15 dias de licença remunerada.
Será que todas as horas extras e a pressão valeram a pena? Agora, todo o trabalho excessivo foi perdido.
Vale muito mais a pena investir na saúde física e mental, aumentando a produtividade naturalmente, sem exageros.
No mesmo relatório, a OMS indicou os benefícios na saúde e econômicos de se investir na qualidade de vida. Confira:
Impactos na Saúde:
- Diminui o número de mortes e invalidez;
- Aumenta a expectativa de vida;
- Aumenta a saúde de pessoas próximas.
Impactos Econômicos:
- Diminuição nos custos de assistência médica;
- Aumento de produtividade;
- Aumento nos investimentos;
- Diminui a quantidade de desligamentos.
As dicas para se cuidar e cuidar das pessoas que trabalham ao seu lado, você já sabe.
Agora, é preciso colocar em prática e observar os resultados positivos na vida dos funcionários e na empresa.
Setembro Amarelo e o RH
Você sabia que existe um dia e um mês de conscientização contra o suicídio?
A fim de chamar a atenção dos governos e da sociedade, a Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio estabeleceu – com apoio da OMS – o dia 10 de setembro como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
Já a campanha do Setembro Amarelo acontece durante o mês inteiro.
Com o lema “Se precisar, peça ajuda!” em 2023, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) devem seguir realizando ações por todo o país.
Para além das campanhas nacionais, estaduais e municipais, é importante que cada empresa faça a sua própria campanha. Saúde mental é tão importante quanto a física!
Indicar a relevância da saúde mental aos funcionários – e deixar claro que cada um deles pode contar com os gestores, o RH e os colegas – pode fazer toda a diferença.
Neste post conhecemos um pouco mais sobre os sintomas da Síndrome de Burnout e a importância da saúde mental como um todo nas empresas.
Esperamos que o conteúdo tenha sido útil!
Redação Euro Contábil
Beatriz Bandolin | Jornalista e Redatora SEO no Blog Euro Contábil
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